Iniciado na década de 1960, quando o homem conquistou o espaço, o sistema APPCC surgiu para que a comida dos astronautas fosse livre de qualquer contaminação.
No Brasil, foi instituído pelo Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento para produtos de origem animal. No Ministério da Saúde é citado na Portaria nº 1428, de 26 de novembro de 1993, de Inspeção Sanitária de Alimentos.
O sistema APPCC é exigido na Comunidade Europeia (EC No 852/2004 hygiene of foodstuffs) e nos Estados Unidos (FDA/HACCP), o que faz a produção de alimentos brasileira incorporar o sistema, normatizado pela ISO 22.000 - Segurança Alimentar, para se manter competitivo no mercado internacional. Sua sigla - APPCC - traduz o objetivo do sistema: identificar pontos críticos no processo de produção que devem ser monitorados para evitar a contaminação dos alimentos.
As equipes de garantia da qualidade têm a missão de rastrear todo o processo para identificar os pontos críticos de controle, verificar todos os suprimentos que entram na produção, os materiais dos equipamentos que entram em contato com o produto e as características das instalações. Tudo com riqueza de detalhes e comprovações.
Identificados os pontos críticos de controle e montado em detalhes o Plano APPCC, começa a etapa de sinalização para envolver colaboradores com maior facilidade. Dentre os pontos críticos de controle mais comuns temos peneiras, filtros, detectores de metais, controladores de temperatura e inspeção visual. Para cada PCC, um formulário para que sejam registrados os dados de controle. O próprio registro deve especificar os limites dos PCCs. No caso de um freezer, por exemplo, sua temperatura deve ser conferida em intervalos estabelecidos. E quando a temperatura estiver fora dos limites? Esse é o grande mérito do sistema APPCC. Ele prevê as ações corretivas que precisam ser tomadas e registradas sempre que um parâmetro se mostra fora de controle.
Um sistema bem implementado vai dar muito trabalho ao pessoal da qualidade, mas será simples de controlar e treinar colaboradores. As placas sinalizadoras, as instruções de trabalho, os registros e as ações corretivas passam a fazer parte da rotina. Ganha a empresa, ganham os colaboradores, ganhamos nós consumidores, ganham os astronautas que inspiraram tamanha contribuição.
Um sistema bem implementado vai dar muito trabalho ao pessoal da qualidade, mas será simples de controlar e treinar colaboradores. As placas sinalizadoras, as instruções de trabalho, os registros e as ações corretivas passam a fazer parte da rotina. Ganha a empresa, ganham os colaboradores, ganhamos nós consumidores, ganham os astronautas que inspiraram tamanha contribuição.
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