22 de set. de 2016

Logística reversa de resíduos de pilhas e baterias

A logística reversa de resíduos é uma exigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei 12.305/2010. O risco de descartar pilhas e baterias de maneira inadequada já havia sido previsto na Resolução Conama 401/2008: "Os estabelecimentos que comercializam pilhas e baterias, bem como a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores desses produtos, deverão receber dos usuários as pilhas e baterias usadas, respeitando o mesmo princípio ativo, sendo facultativa a recepção de outras marcas, para repasse aos respectivos fabricantes ou importadores."

Fabricantes e importadores usam o serviço da GM&Clog, gestora do programa ABINEE Recebe Pilhas. Para participar basta levar pilhas e baterias a um posto de coleta. São muitos espalhados pelo Brasil e a lista está sempre atualizada no endereço: 

Postos de coleta Abinee

O programa Abinee Recebe Pilhas tem mais de 1000 pontos de coletas e as redes Walmart, Pão de Açúcar e Carrefour participam disponibilizando coletores de pilhas e baterias em suas lojas.  Pilhas e baterias possuem metais pesados (chumbo, zinco, mercúrio). O Brasil estabeleceu em legislação os níveis máximos desses metais em sua fabricação. Mas enquanto temos 11 fábricas nacionais, o mercado apresenta mais de 200 outras marcas que entram no país de maneira ilegal sobre as quais a legislação brasileira não tem controle de produção. Para evitar que os metais pesados contaminem solo e água, o programa de logística reversa de pilhas e baterias permite que esse produtos se transformem em matéria prima para fábricas de vidro, tinta, cerâmica e outras indústrias químicas.


Imagem: Jogo Gestão de Resíduos 

10 de jun. de 2016

Gestor ambiental em hospitais - Desafios e Oportunidades

XVII SILUBESA
Os resíduos de hospitais são classificados em A,B,C,D,E. Nenhuma novidade para os que trabalham em gestão ambiental em serviços de saúde. Também não é novidade o desafio enfrentado para sua segregação correta.

Na cultura hospitalar, muitos resíduos não contaminados são descartados como resíduos infectantes. Gestores ambientais em hospitais têm o grande desafio de mudar essa cultura.

As gestoras ambientais Tâmara Maciel e Thaiza Pimentel falaram sobre isso no trabalho de conclusão de curso "Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde no Hospital Santa Teresa - Um Estudo de Caso". As autoras falam, nesse trabalho, que há espaço em instituições hospitalares para gestores ambientais. No estudo de caso, mostram as transformações ocorridas na gestão de resíduos pela presença de gestores ambientais. Trabalhando em conjunto com os profissionais de enfermagem, os gestores ambientais conseguiram identificar maneiras diferenciadas de segregar os resíduos gerados no Centro Cirúrgico. Resíduos não contaminados passaram a ser encaminhados corretamente, diminuindo custos ambientais e financeiros. 

Concordamos com o que foi falado pelas autoras. A ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) também. O trabalho foi selecionado para ser apresentado no XVII Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, em Florianópolis, nesse mês de junho de 2016 (foto).  Com o tema Soluções para um melhor Saneamento Ambiental, o objetivo do evento é a troca de experiências entre Brasil e Portugal.

O projeto realizado no Hospital Santa Teresa (Petrópolis, RJ) também foi premiado na edição de 2015 do Prêmio Amigo do Meio Ambiente, promovido pela organização Hospitais Saudáveis e pelo Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo.

Para saber mais sobre o trabalho apresentado: HospitaisSaudaveis.org

16 de mai. de 2016

Hospitais e os Inventários de Emissões de GEE


Usuários de uma vasta gama de produtos químicos e geradores de resíduos químicos e infectantes, os hospitais brasileiros mostram sua preocupação com o meio ambiente, tanto com o cumprimento da legislação ambiental, quanto com ações voluntárias de gestão ambiental.

Esse é o caso do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), relatório exigido a grandes geradores de GEE, como siderúrgicas, indústrias petroquímicas e aterros sanitários. A organização Hospitais Saudáveis  lançou, em abril de 2016, um guia orientativo para que hospitais elaborem seus inventários de emissões de GEE.  A publicação é baseada no Programa Brasileiro GHG Protocol e explica de maneira detalhada como elaborar o inventário.

Assim, além da gestão de resíduos e do controle dos recursos hídricos, hospitais começam a relatar suas emissões de gases de efeito estufa, lembrando que mensurar é o primeiro passo para a redução da poluição.

A organização Hospitais Saudáveis apresenta outras atividades de instituições hospitalares ligadas ao meio ambiente e é excelente fonte de ideias para os gestores de meio ambiente que buscam a redução do impacto ambiental de suas atividades.

Para saber mais, visite o site da instituição em: http://www.hospitaissaudaveis.org/

9 de mai. de 2016

Licenciamento ambiental simplificado - Resolução Inea 136/2016


Em janeiro de 2016, o Inea publicou a Resolução Inea Nº 136/2016 que estabelece procedimento simplificado para o Licenciamento Ambiental de atividades e empreendimentos de baixo impacto ambiental no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. Dessa maneira, o Inea passou a prever a possibilidade de licenciamento autodeclaratório para atividades de baixo impacto. 

Dentre as atividades, estão contemplados alguns tipos de indústrias (gelo, vassouras, jóias, bijuterias, artefatos de madeira, etc.); criação de animais; hotéis; transporte rodoviário; construções novas e acréscimos de edificações. Todas as atividades estão listadas no Anexo 1 da resolução.

A resolução apresenta os documentos que devem ser apresentados e as restrições ao licenciamento ambiental, como por exemplo, empreendimentos localizados em Unidade de Conservação ou em faixa marginal de proteção de rios e lagos. Também não podem se favorecer dessa resolução os empreendimentos que tenham iniciado a sua implantação ou operação sem a respectiva licença ambiental.

Para conhecer a Resolução Inea Nº 136/2016, na íntegra, acesse a seção de Legislação no portal do Inea: http://www.inea.rj.gov.br/


5 de mai. de 2016

Treinamentos sobre Logística Reversa

A logística reversa de resíduos foi estabelecida pela Lei 12.305/2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos e contempla a logística reversa de agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes.  Além desses, estão sendo implementados sistemas para logística reversa de medicamentos vencidos, embalagens em geral e resíduos de construção e demolição.

Para a implementação da logística reversa são realizados estudos de viabilidade técnica e financeira, celebração de acordos setoriais, elaboração de legislação específica nas esferas federais, estaduais e municipais. 

A logística reversa de resíduos evita o envio de material que pode ser aproveitado em processos produtivos para aterros sanitários e lixões. Seu sucesso depende de ações de educação ambiental. A Tresi Ambiental e parceria com o Instituto Precisa lançou o jogo online Gestão de Resíduos. O jogo fala da logística reversa, da construção de aterros sanitários e nos faz separar os resíduos corretamente em três fases:

- Separar os recicláveis dos não recicláveis.
- Separar os perigosos dos não perigosos.
- Separação final nas 4 categorias: recicláveis perigosos, recicláveis não perigosos, não recicláveis perigosos,
    não recicláveis não perigosos.

O jogo mostra que produtos perigosos como vidros quebrados não são perigosos pelo ponto de vista da gestão de resíduos. Por outro lado, pilhas e celulares velhos, que não são perigosos no manuseio geram resíduos perigosos que precisam ser tratados adequadamente para evitarmos a contaminação do solo e das águas.

Para saber mais, veja no Youtube: https://www.youtube.com/Gestão de Resíduos 

1 de abr. de 2016

SIPAT - Semana de Prevenção com muitos Jogos e Informação


A Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho é uma oportunidade para consolidar informações sobre saúde e segurança do trabalho, mas quando chega a hora de preparar o evento, a presença dos colaboradores é sempre um desafio.   Algumas empresas usam o intervalo do almoço, outras convidam famílias e a comunidade local e há outras que usam o ambiente virtual na tentativa de não deixar ninguém de fora do evento.

Palestras, jogos, sorteios, peças teatrais ou concursos valem muito para a motivação do evento.

A Tresi Ambiental em parceria com o Instituto Precisa oferece alguns jogos online que ajudam a animar a SIPAT.

15 de jan. de 2016

Um miligrama vira uma tonelada

Em 2015, na revista Prática Empreendora, Suely Ferreira, da Tresi Ambiental, falou o quão distantes estamos de nossas metas de produção e consumo sustentáveis. Sem desistir da rota, ela cita Eduardo Galeano e nos convida a seguir o mesmo rumo: "A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."

Suely mostra a responsabilidade individual no impacto ambiental. Em um mundo de 8 bilhões de habitantes, um miligrama se torna uma tonelada. 

15 de dez. de 2015

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - Como Fazer

Assim como a indústria assimilou os conceitos de faixa marginal de proteção e outorga de água, começa a entender o que se espera de seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). A exigência do PGRS foi estabelecida com a Lei nº 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A Lei estabelece uma diferenciação entre resíduo e rejeito num claro estímulo ao reaproveitamento e reciclagem dos materiais, admitindo a disposição final apenas dos rejeitos.  Oito anos antes, os resíduos industriais já eram considerados pela Resolução CONAMA nº 313/2002 (Inventário Nacional dos Resíduos Industriais), que define a maneira como devem ser relatados os resíduos gerados nas atividades industriais. Com a exigência do PGRS, além do atendimento à CONAMA 313/2002, as organizações precisam levar em conta:

-  a participação de cooperativas de catadores de recicláveis
-  a sintonia com a implementação da logística reversa de embalagens, lâmpadas, medicamentos etc.
- controle da licença de operação dos transportadores e receptores de resíduos
- a classificação da ABNT NBR 10004
- a destinação correta de resíduos de construção civil, em caso de reformas e ampliações
- o cumprimento do plano de gestão de resíduos de serviços de saúde