Imagem: Fabiano Veneza (Humanidade 2012) |
Em cada detalhe da instalação, um convite à reflexão sobre nossa maneira de produzir, relacionar, educar, construir, consumir, descartar. Na entrada, o Sermão de Santo Antônio aos Peixes de Padre Antonio Vieira revela toda a ironia sobre a ganância e vaidade do homem, comparando-o, por meio de alegorias, aos peixes. Critica a prepotência dos grandes, que, como peixes, vivem do sacrifício de muitos pequenos, os quais "engolem" e "devoram". "E pois os que nascemos homens, respondemos tão mal às obrigações de nosso nascimento, contentai-vos, peixes, e dai muitas graças a Deus pelo vosso."
As construções e desconstruções humanas e as consequências de todo o processo mostram a influência que carregamos das gerações anteriores e nossa responsabilidade para as futuras gerações. Já contabilizamos diferenças sociais que fazem a Rio+20 manter seu apelo por erradicação da pobreza, enquanto buscamos soluções mais saudáveis de produção e consumo.
O setor industrial mostrou o quanto caminhou desde a Eco92, com suas iniciativas de responsabilidade socioambiental corporativa, redução de emissões de gases de efeito estufa, eficiência energética, reúso de água e gestão de resíduos. A estrutura vazada da construção representa a troca de ideias e a transparência que queremos. Bia Lessa transmitiu que as respostas que buscamos para o desenvolvimento sustentável devem partir do que é simples e de nossas muitas conexões.
Imagem: Fabiano Veneza